terça-feira, 27 de julho de 2010

A GRANDE INVOCAÇÃO


Do ponto de luz na mente de Deus
Que flua a luz à mente dos homens
Que a Luz desça à Terra!
Do ponto de amor no coração de Deus.
Que flua o amor aos corações dos homens
Que Cristo retorne à Terra!
Do centro onde a vontade de Deus é conhecida,
Que o propósito guie a vontade dos homens,
O propósito que os Mestres conhecem e servem!
Do centro a que chamamos a Raça dos Homens,
Que se realize o Plano de Amor e Luz
E feche a porta onde se encontra o mal!
Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam
O Plano Divino sobre a Terra,
Hoje e por toda a eternidade!
Grande Fraternidade Branca

Oração da Cura










Querido Deus - Pai e Mãe

Peço para ser banhado e iluminado pela luz branca de Cristo,
a luz verde da cura e a violeta da transmutação.
Pelo bem superior e dentro da verdade Divina, peço que todas as vibrações dissonantes sejam removidas, encerradas em sua própria luz, levadas a fonte para serem purificadas, não retornando mais para nós, ou qualquer outra pessoa.
Peço para ser utilizado como canal para cura de (nome).
Estou procurando o bem superior de (nome) de acordo com a vontade dela e a vontade de Deus.
Peço que esta sala seja inundada de luz, (local onde está a pessoa)
Que (nome) seja rodeada de luz.
Peço a proteção do tríplice escudo da luz branca de Cristo.
Neste momento, aceito essas forças de cura que atuam em mim ou através de mim, aceitando apenas aquilo que está a serviço da Vontade Divina.
Quero expressar minha gratidão por todas as bênçãos que recebemos, acompanhadas da manifestação da cura.

PAI - NOSSO - ARAMAICO

(Está escrita em aramaico, numa pedra branca de mármore, 
em Jerusalém, Palestina, no Monte das Oliveiras, na forma que era invocada pelo Mestre Jesus.)

Pai-Mãe, respiração da Vida,
Fonte do som, Ação sem palavras, Criador do Cosmos!
Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós
Para que possamos torná-la útil.

Ajude-nos a seguir nosso caminho
Respirando apenas o sentimento que emana do Senhor.
Nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu,
para que caminhemos com todas as outras criaturas.
Que o Seu e o nosso desejo, sejam um só, em toda a Luz,
assim como em todas as formas, em toda existência individual,
assim como em todas as comunidades.
Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós,
pois, assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo.
Não permita que a superficialidade e a
aparência das coisas do mundo nos iluda,
E nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento.
Não nos deixe ser tomados pelo esquecimento
de que o Senhor é o Poder e a Glória do mundo,
a Canção que se renova de tempos em tempos
e que a tudo embeleza.
Possa o Seu amor ser o solo onde crescem nossas ações.

Que assim seja !!!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Enalteça o que tem de bom em você, na sua casa, na sua vida..



No nosso dia-a-dia criamos determinadas rotinas, a maneira de falar, se vestir e até bordões. Temos uma resposta automática para certas perguntas. Isso também acontece no modo como lidamos com nossos parentes, amigos e a nossa casa.
O que acontece infelizmente é que focamos mais nos aspectos negativos da vida do que nos positivos. Acostumamos-nos a tratar de forma não muito cordial as pessoas de casa, a só ver o que a nossa casa tem defeitos, o que não agrada no trabalho, ... Mas é o que esses setores da vida tem de bom para nos oferecer ninguém pensa???
Já pensou se você não tivesse família alguma, não possuísse casa, ... ? Mesmo uma casa alugada ou você ter que morar com alguém, pode ser um aspecto temporário. Aposto que é melhor do que viver na rua, ao relento.
Então faço uma proposta. Nem que você tenha que utilizar artifícios para te auxiliar: preste atenção a como reage a tudo no seu dia-a-dia. Grave com mp3, celular ou gravador, como você age com seus pais, filhos, marido/esposa, o que você tem a dizer sobre sua casa,... Depois verifique como agiu.
Principalmente se você reclama da sua casa: será que ela não tem suas qualidades?
Pelo menos é um cantinho para chamar se seu!
Ou então tente criar um espaço aconchegante só seu, ou da família. A intenção pode ajudar muito nessas horas e outras vezes, acontece naturalmente. Um canto pouco usado pode se tornar o lugar ideal para tomar chimarrão (para a gauchada) ou tomar um cafezinho, chazinho, ... Enfim, o que interessa e o sentimento de estar num lugar que você sinta prazer e com as pessoas que te fazem felizes ou pelo menos proporcionar um momento feliz.
Existem tantas maravilhas nessa vida que não vemos. Preste mais atenção as coisas boas ao seu redor e verá que o mundo pode ser magnífico se enxergar com os olhos do coração!!!

Dia de Frequência.


Cheguei as 11:00, li os e-mails, atendi aos telefonemas na secretaria, enviei a frequência  p/ PROEST  através de Albany, fui ao Hiper Gruta e finalmente casa.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quero ser uma Dama de Pedra...

Sexta-feira cansativa...

Acordei 4:50, tomei banho, meu café da manhã e fui com mãe ao posto do salgadinho.
Fiz meu cartão do SUS, enquanto mãe passava pela junta médica para poder se operar no dia 28.
Perdi a reunião do grupo no hemocentro do HU.


Ainda tive o desprazer de descobrir que Ricardo, meu ex tinha uma filha e nunca me contou, ou seja, me fez de idiota.
Que raiva isso me deu, ele poderia ter sido honesto comigo mas creio que desconheça o sentido da palavra.

Terça divertida

Cinema com meu sobrinho ( encontro explosivo) e compras logo a seguir.

Perfume do dia : Egeo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Curso de Inverno: Produção de evento Artístico.

Primeiro dia

*Primeiro dia do Curso: Como Produzir Eventos Artísticos*
Professora: Ana Rodrigues

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dia de N. Sra. do Carmo.


Carisma da Ordem do Carmo

  A Espiritualidade Carmelitana funda-se num Carisma tríplice em cujo espírito a comunidade carmelitana é convidada a inspirar. A Fraternidade, a Contemplação e o Profetismo,  como três pilares de uma estrutura é o sustentáculo do Edifício Espiritual da Vida Carmelitana fundado no serviço a Jesus Cristo. Desse modo é que o Carmelo se constitui numa Fraternidade Orante no meio do Povo.

Oração
Frades rezando as véperas - Capela da Piedade
Com efeito, desde as origens, a comunidade dos carmelitas adotou um etilo contemplativo, tanto nas estruturas como nos valores fundamentais. E tal estilo ressalta evidente da Regra.
A contemplação começa quando nos entregamos a Deus, qualquer que seja o modo a que Ele escolha para aproximar-se de nós. É uma atitude de abertura a Deus, cuja presença encontramos em toda parte. A contemplação constitui, assim, a viagem interior do carmelita, proveniente da livre iniciativa de Deus, que o toca e o transforma em vista da unidade de amor com Ele, elevando-o a poder gozar gratuitamente de ser amado por Deus e viver na sua presença amorosa. É esta uma experiência transformante do amor de Deus soberano.
  A oração é essencialmente uma relação pessoal, dialogo entre Deus e a criatura. Somos convidados a cuidá-la e a encontrar o tempo e os lugares para estar com o Senhor. Uma relação de amizade não se pode desenvolver senão estando muitas vezes a sós com quem sabemos que nos ama. A nossa tradição sugere-nos vários modelos de oração. Na Regra é-nos proposta a escuta orante da Palavra, que deve habitar abundantemente na boca e no coração. Modelo sublime desta oração é Maria, a Virgem orante que conservava todas estas coisas meditando-as no seu coração. De Elias aprendemos a estar na presença de Deus. Acostumado-nos a ela e fazendo-a silenciosamente, começamos a respirar quase só a essência de Deus, como se respira o ar.

Fraternidade:
   Fraternidade: encontro de Irmãos
  A formação de uma comunidade cristã deixa sempre implícita, como valor essencial a ser assumido e vivido, a fraternidade entre os irmãos. Entre os eremitas que por primeiro constituíram o estilo de vida carmelitano ao habitarem no Monte Carmelo, este valor não foi deixado de fora. Inspirada no estilo de vida das Primeiras Comunidades Cristãs, no modo como São Lucas nos apresenta nos Atos dos Apóstolos, a comunidade carmelitana deve da mesma forma fortalecer na Fraternidade a sua vida comunitária. É nesse espírito de Fraternidade que a partilha dos bens, a celebração em comum, o diálogo e a correção mútua das faltas cometidas, a refeição comum e o trabalho alcançam o seu mais pleno significado cristão.
A nossa Regra quer que sejamos acima de tudo “fratres” e recorda-nos como a natureza das referências e das relações interpessoais, que caracterizam a vida da comunidade do Carmelo, se desenvolveu no exemplo inspirador daquela primitiva comunidade de Jerusalém. Ser “fratres” significa para nós crescer na comunhão e na unidade, na superação das distinções e privilégios, na participação e na corresponsabilidade, na partilha de bens, de um projeto comum de vida e dos carismas pessoais. Os valores da fraternidade são tríplices e fortificam-se na Palavra, na Eucaristia e na oração. Os “fratres”, todos os dias, quanto possível, são chamados da solidão ou do trabalho apostólico à Eucaristia, fonte e cume da sua vida, afim de que, em torno da mesa do Senhor, sejam um só coração e uma só alma, vivendo a verdadeira comunhão fraterna na gratuidade e no serviço mútuo, na fidelidade ao projeto comum e na reconciliação animada pela caridade de Cristo.

Profetismo:
Serviço no meio do povo
A vida profética herdada na nossa inspiração eliano-mariana do Carmelo,  constitui-se basicamente em testemunho, serviço e luta. Este caráter tríplice do agir profético é o que estabelece as bases de uma comunidade justa e fraterna. O Testemunho é a forma mais sublime de mostrar a verdade que queremos transmitir. O Serviço Apostólico, herdado de Cristo, nos impulsiona e nos faz ver concretamente o trabalho que realizamos para dar continuidade ao Projeto do Reino de Deus. Em meio à injustiça do mundo, que instaura o ódio, a morte e a destruição, a Luta Profética consiste numa luta em defesa da vida criada e sustentada como dom pelo próprio Deus. O Caráter anunciador e denunciador da vida profética só se podem fazer vigente a medida, em que pudermos articular essas três atitudes, a fim de deixarmos vigorar o caráter profético de nosso carisma. O esforço de viver a vida fraterna e contemplativa já é, de antemão, um testemunho profético para o mundo.
 Este modo de estar “no meio do povo” é, enfim, sinal e testemunho profético de relações novas, amigáveis e fraternas entre os homens e as mulheres, em toda parte. É profecia de justiça e de Paz na sociedade e entre os povos, realizada como elemento constitutivo da Boa Nova, no empenho efetivo em colaborar na transformação de sistemas e estruturas de pecado em sistemas e estruturas de graça. É também opção de solidariedade para com os “minores” da história, para dizer-lhes a partir de dentro, mais pela vida do que pela boca, uma palavra de esperança e de salvação.


Escudo Carmelitano


   O escudo carmelitano aparece pela primeira vez no séc. XV, 1499, figurado na capa do livro da vida de Santo Alberto. Primeiro em forma chamada de “vexillum”, o qual foi modificando-se em detalhes no decorrer dos anos, até chegar à atual forma de escudo. Aqui vamos expor o que nos parece mais autêntico seguindo as fontes históricas e mais autorizadas. O escudo carmelitano compõe-se de duas partes, uma em forma de monte que nos lembra o monte Carmelo lugar de origem da ordem, de cor marrom símbolo da penitência, e a outra superior de cor branca, símbolo da pureza do Carmelo cores que são correspondentes ao hábito carmelitano.  Sobre o significado das estrelas que são três, cada uma representa as figuras inspiradoras do Carmelo, a estrela inferior que se encontra no monte quer representar a Virgem estrela do Mar, a qual lembra também a primeira capela dedicada à virgem no Monte Carmelo. As outras duas estrelas superiores à esquerda e direita do monte, representam os profetas Elias e Eliseu. Sendo assim, elas indicam a índole Mariana da ordem e a sua origem Eliana. Aparece também o circulo com doze estrelas e braço e a espada de Elias com o dístico em latim: “Zelo Zelatus Sum Pro Domino Deo Execituum” que quer dizer Morro de Zelo pelo Senhor dos Exércitos. 

O Escapulário
N.Sra. do Carmo
   Na verdade é impossível falar da devoção mariana do Carmelo sem mencionar o Escapulário, porque após muitos séculos, a Ordem liga toda a riqueza da sua devoção a este símbolo.
   Este é ligado à uma venerável tradição da Ordem: a “visão” de São Simão Stock, que remonta ao fim do Séc. XIV e início do XV. Segundo esta tradição Nossa Senhora teria aparecido a São Simão Stock (vivido no séc. XIII), trazendo o Escapulário na mão, dizendo: “Hoc tibi ET tuis privilegium: in hoc moriens salvabitur”, ou seja tornando palpável esta verdade: aquele que fizesse parte da Ordem (e receber e usar o hábito, era sinal dessa pertença), seria salvo definitivamente. Vastíssima foi a difusão da devoção do Escapulário entre os fiéis a partir do séc. XV. Assim o Escapulário tem servido de instrumento para estender a Família Carmelitana para além do círculo dos frades e freiras, donde a ampla agregação dos terceiros e dos adeptos do Escapulário. Como sinal de agregação a uma Ordem mariana, o Carmelo, o Escapulário è também sinal de pertença a Maria: é símbolo próprio, como sacramental, para exprimir a devoção a esta Mãe, bem como a filiação dos fiéis à Família Carmelitana.
   Sinal externo, exprime a convicção do afiliado de viver consagrado a Maria e sob a sua proteção. Recorda àquele que usa o compromisso da mesma Ordem e o seu jeito para viver a dimensão mariana do carisma carmelitano que se caracteriza por uma vida de familiaridade com Maria, impregnada de oração, imitação e pertença.
   Concretamente, como meio de consagração, o Escapulário nos fala -  como dizia Pio XII – de humildade, de castidade, de oração contínua e de todas as virtudes da Mãe, das quais devemos nos revestir, convidando-nos à intima união com Deus e ao serviço humilde do próximo na Igreja. Com seu materno amor, Maria cuida dos irmãos de seu Filho que ainda peregrinam, vivendo no meio de perigos e dificuldades, até que cheguem à Pátria celeste. A doutrina mariana afirma: “um verdadeiro devoto de Maria se salva”. O Escapulário assim entendido, concretiza para nós a maternidade espiritual de Maria que protege na vida, salva na morte e intercede depois a morte.

ORAÇÃO
Senhora do Carmo, Rainha dos Anjos, canal das mais ternas mercês de Deus para com os homens. Refúgio e Advogada dos pecadores, com confiança eu me prostro diante de vós suplicando-vos que obtenhais ...... (pede-se a graça). Em reconhecimento, solenemente prometo recorrer a vós em todas as minhas dificuldades, sofrimentos e tentações, e farei tudo que ao meu alcance estiver, a fim de induzir outros a amar-vos, reverenciar-vos e invocar-vos em todas as suas necessidades. Agradeço-vos as inúmeras bênçãos que tenho recebido de vossa mercê e poderosa intercessão. Continuai a ser meu escudo nos perigos, minha guia na vida e minha consolação na hora da morte. Amém. Nossa Senhora do Carmo, advogada dos pecadores mais abandonados, rogai pela alma do pecador mais abandonado do mundo. Ó Senhora, rogai por nós, que recorremos a vós.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Acabou o jenjum

j
Meu novo celular é lindo...



Nokia 2730, 3G, Câmera 2.0, MP3 Player, Rádio FM, Bluetooth  

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Despensa comentarios...

O AMOR TÂNTRICO.

*Shiva diz a Devi: "Enquanto estiver sendo acariciada,
doce princesa, entre no amor como numa vida eterna"



Shiva começa com o amor. A primeira técnica está relacionada com o amor, pois na sua experiência o amor é a coisa mais próxima na qual você se relaxa. Se você não puder amar, é impossível para você relaxar. Se você puder relaxar, sua vida se tornará uma vida amorosa.
Uma pessoa tensa não pode amar. Por que? Uma pessoa tensa sempre vive com propósitos. Ela pode ganhar dinheiro, mas não pode amar, pois o amor não tem propósito; o amor não é uma comodidade, não se pode acumulá-lo, fazer um saldo bancário dele, fortalecer o seu ego a partir dele.
Em realidade, o amor é o ato mais absurdo - sem significado ou propósito além dele próprio. Ele existe em si mesmo, e não para qualquer outra coisa.
Você ganha dinheiro para algo; o dinheiro é um meio. Você faz uma casa, constrói uma casa para algo, para viver nela; ela é o meio. o amor não é o meio. Por que você ama? Para que você ama? O amor é o fim em si mesmo. É por isso que uma mente calculista e lógica, que pensa em termos de propósito, não pode amar. E uma mente que sempre pensa em termos de propósito será tensa, porque o propósito somente pode ser preenchido no futuro, e nunca aqui e agora.
Você constrói uma casa...você não pode morar nela agora mesmo; primeiro você precisa construí-la. Você pode morar nela no futuro, e não agora. Você ganha dinheiro; o saldo bancário será criado no futuro, e não agora. O meio você terá que usar agora, e o fim virá no futuro. O amor está sempre aqui; não há futuro para ele. É por isso que o amor é tão próximo da meditação, e também a morte é tão próxima da meditação - pois a morte está sempre aqui e agora, e nunca pode acontecer no futuro. Você pode morrer no futuro? Você pode morrer somente no presente; ninguém jamais morreu no futuro. Como você pode morrer no futuro ou no passado? O passado se foi, ele não está mais presente, então você não pode morrer nele. o futuro ainda não veio, então como você pode morrer nele? A morte sempre ocorre no presente.
Morte, amor, meditação, todos eles ocorrem no presente. Assim, se você estiver com medo da morte, você não poderá amar. Se você estiver com medo do amor, você não poderá meditar. Se você estiver com medo da meditação, sua vida será vã - vã não no sentido de qualquer propósito, mas no sentido de que você nunca poderá sentir alguma bem-aventurança nela...fútil.
Pode parecer estranho conectar estes três: amor, meditação e morte. Mas não é estranho. Eles são experiências semelhantes. Assim, se você puder entrar em um, poderá entrar nos dois restantes.
Shiva começa com o amor. Ele diz:
“Enquanto estiver sendo acariciada, amada, doce princesa, entre no carinho, no amor, como numa vida eterna”.
O que significa isso? Muitas coisas. Uma, enquanto você for amada, o passado cessa e o futuro não existe. Você se move na dimensão do presente, no agora. Você já amou alguém? Se já amou, então a mente não está mais presente. É por isso que os pretensos sábios dizem que os amantes são cegos, insensatos, loucos. Num sentido eles estão certos. Os que amam são cegos, pois não tem olhos para o futuro a fim de calcular o que estão fazendo. Eles são cegos! E não podem ver o passado. O que acontece aos que amam? Eles simplesmente se movem para o aqui e agora sem qualquer consideração pelo passado, pelo futuro ou pelas conseqüências; é, por isso que eles são chamados de cegos. Eles são cegos, cegos para aqueles que são calculistas, e são videntes para aqueles que não são calculistas. Aqueles que não são calculistas verão o amor como o olho real, e a visão real.
Assim, a primeira coisa: no momento do amor, o passado e futuro não estão presentes. Um ponto delicado a ser compreendido: quando não existe passado ou futuro, você pode chamar este momento de presente? Ele é o presente somente entre estes dois - passado e futuro. Ele é relativo. Se não houver passado ou futuro, o que significa chamá-lo de presente? Não tem sentido, e é por isso que Shiva não usa a palavra "presente". Ele diz "vida eterna" - eternidade, entrar na eternidade.
Dividimos o tempo em três: passado, presente e futuro. Essa divisão é falsa, absolutamente falsa. O tempo é realmente passado e futuro. O presente não é parte do tempo, e sim da eternidade. Aquilo que passou é tempo, aquilo que está por vir é tempo. Aquilo que é não é tempo, pois ele nunca passa, ele sempre existe. O agora está sempre aqui - ele está sempre aqui. Este agora é eterno.
Se você se mover a partir do passado, você nunca entrará no presente. Do passado você sempre entra no futuro. Não chega nenhum momento que seja o presente. Do passado você sempre entra no futuro. Do presente você nunca pode entrar no futuro; do presente você vai fundo, e fundo... E mais presente, e mais presente...Isso é vida eterna.
Podemos dizê-lo desta maneira: do passado para o futuro é tempo. Tempo significa que você se move sobre o plano, numa linha reta, ou podemos dizer que ele é horizontal. No momento em que você estiver no presente, a dimensão mudará. Você se moverá verticalmente - para cima ou para baixo, em direção à altura ou à profundeza. Mas então você nunca se moverá horizontalmente. Um Buda e um Shiva vivem na eternidade, e não no tempo.
Perguntaram a Jesus: "O que acontecerá em seu Reino de Deus?" A pessoa que Ihe perguntou não estava perguntando sobre o tempo, mas sobre o que iria acontecer com os seus desejos: "Como eles serão satisfeitos? Haverá vida eterna ou a morte? Haverá alguma miséria? Haverá pessoas inferiores e superiores?" Ele estava perguntando coisas deste mundo: "O que acontecerá em seu Reino de Deus?"
E Jesus respondeu - a resposta é semelhante a de um monge Zen...Jesus disse: "Não haverá mais o tempo”.A pessoa pode não ter entendido nada, uma resposta desta: "Não haverá mais o tempo”.Jesus disse somente uma coisa: "Não haverá mais o tempo", pois o tempo é horizontal e o Reino de Deus é vertical, é eterno; ele está sempre aqui; somente você precisa se afastar do tempo para entrar nele.
Assim, o amor é a primeira porta...você pode se afastar do tempo. É por isso que todos desejam ser amados e desejam amar. E ninguém sabe porque existe tanta importância no amor, porque tanto anseio profundo por ele. E a menos que você o conheça corretamente, você não pode nem amar nem ser amado, pois o amor é um dos fenômenos mais profundos sobre esta terra.
Insistimos em achar que cada um é capaz de amar como ele é, mas esse não é o caso, não é assim. É por isso que você se frustará. O amor é uma dimensão diferente, e se você tentar amar alguém no tempo, você será derrotado em seu esforço. No tempo, o amor é impossível.
Lembro-me de uma história:
Meera estava apaixonada por Krishna; ela era casada, a esposa de um príncipe. O príncipe ficou com ciúme de Krishna, o qual já não existia, não estava presente, não era um corpo físico. Havia um intervalo de cinco mil anos entre a existência física de Krishna e a de Meera. Assim, realmente, como Meera poderia estar apaixonada por Kríshna? O intervalo de tempo era grande demais!
Um dia o seu marido, o príncipe, perguntou a Meera: "Você fica falando sobre o seu amor, fica dançando e cantando à volta de Krishna, mas onde ele está? Por quem você está tão apaixonada? Com quem você fala continuamente?"
Meera estava conversando com Krishna, cantando, rindo, discutindo. Ela parecia louca! Aos nossos olhos era louca. Portanto, o príncipe disse: "Você ficou louca? Onde está o seu Krishna? A quem você está amando? Com quem você está conversando? E estou aqui, e você me esqueceu completamente."
Meera disse: "Krishna está aqui, e você não está aqui, pois Krishna é eterno e você não é. Ele estará sempre aqui, ele esteve sempre aqui, ele está aqui. Você não estará aqui, você não esteve aqui, você não esteve um dia e não estará aqui...assim, como posso acreditar que entre essas duas não-existências você esteja aqui? Como a existência é possível entre duas nâo-existências?"
O príncipe está no tempo e Krishna está na eternidade. Dessa maneira, pode-se estar perto do príncipe, mas a distância não pode ser destruída; você estará distante. No que se refere ao tempo, você pode estar muitíssimo distante de Krishna, mesmo assim pode estar próximo. Mas essa é uma dimensão diferente. Olho à minha frente e há uma parede; movo os meus olhos e há o céu. Quando você olha no tempo, sempre existe uma parede; quando você olha além do tempo, existe um céu aberto, infinito. O amor abre a infinidade, a eternidade da existência. Assim, realmente, se você já amou, o amor pode ser transformado numa técnica de meditação. Esta é a técnica: "Enquanto estiver sendo amada, doce princesa, entre no amor como numa vida eterna."
Não seja um amante que fica à distância, do lado de fora. Torne-se amoroso e penetre na eternidade. Quando você está amando alguém, você está ali como o amante? Se você estiver ali, você está no tempo e o amor é simplesmente falso, pseudo. Se você ainda estiver ali e puder dizer "eu sou", então você poderá estar próximo fisicamente, mas espiritualmente vocês são pólos à parte.
Enquanto no amor, você não deve ser - somente o amor, a amorosidade. Torne-se o amor! Ao acariciar o ser amado, torne-se a carícia. Ao beijar, não seja aquele que beija ou que é beijado; seja o beijo! Esqueça-se completamente do ego, dissolva-o no ato. Penetre tão profundamente no ato a ponto do ator não estar mais presente. E se você não puder penetrar no amor, é difícil penetrar no comer ou no caminhar - muito difícil, pois o amor é a abordagem mais fácil para dissolver o ego. É por isso que os egoístas não podem amar. Eles podem falar, cantar e escrever a respeito, mas não podem amar. O ego não pode amar.
Shiva diz para se tornar o amor. Quando você está abraçando, torne-se o abraço, o beijo. Esqueça tão completamente de você mesmo a ponto de poder dizer: "Eu não existo mais; somente o amor existe”.Então o coração não estará palpitando, mas o amor estará; então o sangue não estará circulando, mas o amor estará; então os olhos não estarão enxergando, mas o amor estará; então as mãos não estarão se movendo para tocar, mas o amor estará.
Tome-se o amor! E entre na vida eterna. O amor de repente muda a sua dimensão; você é lançado para fora do tempo e se defronta com a eternidade.
O amor pode se tornar uma meditação profunda, a mais profunda possível. E algumas vezes os que amam conhecem o que os santos não conheceram. Os que amam tocaram aquele centro que muitos iogues não alcançaram. Mas será apenas um vislumbre, a menos que você transforme o seu amor em meditação. O Tantra significa isto: transformação do amor em meditação. E agora você pode entender porque o Tantra fala tanto sobre o amor e o sexo. Por que? Porque o amor é a porta natural mais fácil a partir da qual você pode transcender este mundo, esta dimensão horizontal.
Olhe para Shiva com a sua consorte. Devi. Olhe para eles! Eles não parecem ser dois; eles são unos. A unidade é tão profunda que penetrou até nos símbolos. Todos nós vimos o Shivalinga; este é um símbolo fálico - o órgão sexual de Shiva. Mas ele não está sozinho, e sim enraizado na vagina de Devi. Os hindus daqueles dias eram muito ousados. Agora, quando você vê um Shivalinga, você nunca se lembra de que ele é um símbolo fálico. Nós nos esquecemos, tentamos esquecer completamente Jung se lembra em sua autobiografia, em suas memórias, de um incidente muito belo e engraçado.
Ele veio à Índia e foi ver Konarak, e no templo de Konarak há muitos e muitos Shivalingas, muitos símbolos fálicos. O erudito que o estava levando Ihe explicou tudo, menos sobre os Shivalingas. E eles eram tantos que era difícil escapar. Jung estava bem ciente, mas apenas para amolar o erudito, ficava perguntando: "Mas o que são esses aqui?" Assim, finalmente o erudito disse no ouvido de Jung: "Não me pergunte aqui; eu Ihe direi mais tarde. Esse é um assunto privado”.Jung deve ter rido por dentro. Esses são os hindus de hoje.
Então, fora do templo o erudito chegou bem perto e disse: "Você não deveria ter perguntado diante dos outros. Eu Ihe direi agora; esse é um segredo”.E ele disse, novamente no ouvido de Jung: "Eles são nossas partes íntimas”.
Quando Jung voltou, ele encontrou um grande estudioso - um estudioso do pensamento, do mito e da filosofia oriental -, Heinrich Zimmer. Assim, ele contou essa história a Zimmer. Zimmer era uma das mentes mais bem dotadas que tentou penetrar no pensamento indiano, e era um admirador da Índia e de seus caminhos do pensamento - o oriental, o ilógico, a abordagem mística em relação à vida.
Quando ele ouviu isso de Jung, ele riu e disse: "Isso é bom para variar. Sempre ouvi sobre grandes indianos - Buda, Krishna, Mahavira... O que você relata nada diz a respeito de qualquer grande indiano, mas a respeito dos indianos."
Para Shiva, o amor é a grande porta. E para ele, o sexo também não é algo a ser condenado, e sim a semente, e o amor o seu florescimento. E se você condenar a semente, você condenará a flor. O sexo pode se tornar amor, e se ele nunca se tornar amor, então ele estará aleijado. Condene o aleijamento, e não o sexo. O amor deve florescer; o sexo deve se tornar amor. Se ele não estiver se tornando, não será falha do sexo, mas a sua falha.
O sexo não deve permanecer sexo - este é o ensinamento do Tantra -, ele deve ser transformado em amor. E o amor também não deve permanecer amor, e sim ser transformado em luz, na experiência meditativa, no último e supremo cume místico. Como transformar o amor? Seja o ato e se esqueça do ator. Ao amar, seja o amor - o simples amor. Então, não é o seu amor, o meu amor ou o amor de alguém mais. Ele é o simples amor. Quando você não está ali, então está nas mãos da fonte, da corrente suprema, então você está no amor. Não é você que está no amor; então o amor o tragou, você desapareceu e se tornou apenas uma energia fluindo.
D. H. Lawrence, uma das mentes mais criativas desta época, quer soubesse ou não, era um adepto do Tantra. Ele foi completamente condenado no Ocidente; seus livros foram excomungados e houve muitos casos nos tribunais, pois ele disse que a energia do sexo é a única energia, e se você a condenar e a suprimir, você estará contra o universo e nunca será capaz de conhecer o florescimento superior desta energia.
E quando suprimido, ele se torna feio. Este é o círculo vicioso: sacerdotes, moralistas, pretensos religiosos, papas, shankaracharyas e outros, eles insistem em condenar o sexo. Eles dizem que essa é uma coisa feia. Quando você o suprime, ele se torna feio, então eles dizem. Ve a O que dissemos é verdade, está provado por você mesmo. Veja! Tudo o que você está fazendo é feio, e você sabe que é feio "
Mas não é o sexo que é feio, e sim esses sacerdotes que o tornaram feio. E uma vez que o tornaram feio, eles provam estarem certos. E quando eles provam estarem certos, você continua a torná-lo cada vez mais feio.
O sexo é energia inocente, a vida fluindo em você, a existência viva em você. Não o mutile; permita que ele se mova em direção às alturas - isto é, o sexo deve se tornar amor. Qual é a diferença?
Quando a sua mente é sexual, você explora o outro. O outro é simplesmente um instrumento para ser usado e jogado fora. Quando o sexo se toma amor, o outro não é um instrumento, não é para ser explorado, não é realmente o outro. Quando você ama, o amor não é autocentrado; em vez disso, o outro se torna importante, ímpar. Não é que você esteja explorando - não. Pelo contrário, ambos estão unidos numa experiência profunda. Vocês são parceiros de uma experiência profunda, e não o explorador e o explorado. Vocês estão se ajudando a entrar num mundo diferente, o do amor. O sexo é exploração, e o amor é entrar juntos num mundo diferente.
Se esse movimento não for momentâneo e se tornar meditativo, isto é, se você puder esquecer completamente de si, e a pessoa amada desaparecer e houver somente o amor fluindo, então, Shiva diz, a vida eterna é sua.

HARE OM.

Livro "Tantra, Spirituality and Sex" de Osho.
Site: http://www.humaniversidade.com.br/