terça-feira, 5 de outubro de 2010

Correção do meu orientado.

Universidade Federal de Alagoas - UFAL.
Instituto de Ciências Sociais – ICS.
Márcia Regina Barbosa da Silva
Matricula 2004g0198
Orientação: AMARO XAVIER BRAGA JUNIOR
O papel da Mulher nas Religiões Primitivas e Neopagãs.

Introdução
Em um estudo sobre religião, o gênero feminino se abre em um riquíssimo leque de oportunidades, tendo em vista que sua observação é mutável tanto nas diversas épocas da História quanto nas milhares de culturas existentes no mundo.A mulher pode ser observada como um ser sagrado, sob o aspecto da Grande Deusa, como sacerdotisa, ou simplesmente como mãe veículo maior do milagre da vida, ou sob o jugo de pecadora responsável pela queda do homem e símbolo maior das tentações. É neste rico e imenso universo de possibilidades que se objetiva estudar o “Sagrado Feminino” através de um olhar sócio-antropologico onde se expõe o Papel da mulher nas religiões primitivas, em contra partida com o papel que a mulher exerce nas religiões patriarcais atuais.
Este trabalho procura discutir  “as verdades” sobre uma época de igualdade entre gêneros, onde  o homem e a mulher possuíam grande atuação na formação da sociedade, época a qual poder do sagrado feminino era formador do respeito, da moral e de uma sociedade onde o matriarcado tornava a vida das mulheres propicias para a sua atuação não só na Religião como também na Política social.

Metodologia
Considerando que não existe uma religião primitiva a ser observada nos tempos atuais, a pesquisa terá como base uma revisão de literatura em trabalhos de historiadores, arqueólogos, psicólogos, filósofos e antropólogos considerando suas opiniões e relacionando-as às observações participantes em grupos que resgatam esta prática, assim denominados “neopagões”, valendo-se ainda de entrevistas semi-estruturadas com os participantes. Questionando-se  sobre o nível de apropriação destes bens simbólicos , tendo em vista que os valores destas sociedades foram praticamente extintos e o modo como tais sociedades viviam, sua relação com os elementos da natureza, e a formação cultural esta vinculada a registros antigos sem uma filiação direta como nos movimentos religiosos tradicionais.


Resultados
Nossa atual sociedade possui uma cultura religiosa patriarcal na qual a mulher foi praticamente excluída do universo religioso, sendo educada para tornar-se subserviente ao homem, poucas vezes é mencionada na Bíblia principal livro sagrado, e quando o mesmo ocorre é sempre como coadjuvante do momento histórico onde o Homem é o herói baseado em praticas de moral segregacionais que legitimam tais atitudes. Nesta religião o contato divino é estabelecido sempre através do sacerdócio masculino, onde impera um Deus Solar que é amor e aonde tudo o que vem da mulher é visualizado com desconfiança. A Mulher foi considerada como a responsável maior pelo pecado ter adentrado no mundo, detentora da maldição, a sedutora, a manipuladora de Adão, traidora da humanidade marcou a vida de suas descendentes as excluindo do poder político e religioso que provem do sacerdócio.

Conclusão
Desde o final do século XX, com as vitórias dos movimentos feministas e a valorização da imagem da mulher através de sua luta por liberdade e posse de seu próprio corpo, surgem novos movimentos religiosos onde ocorre o resgate a imagem da mulher como um ser sagrado no que diz respeito às religiões de origem primitiva ou pagã “ O Sagrado Feminino” que quase fora extinto pelos primeiros religiosos monoteístas e que havia sido tão condenado pelos cristãos da idade média os quais estavam mais interessados em enriquecer usando Deus como escudo para exercerem suas barbáries do que realmente seguir a filosofia religiosa do amor ao próximo, ressurge sob o stigma inicial de movimento Nova Era tendo como um dos principais lideres deste movimento religiosos Gerald Gardner o pai da WICCA ( a religião da Deusa). A Religião Primitiva vem sendo resgatada para podermos ter um melhor entendimento dos aspectos filosófico, religioso e histórico já que possui suma importância para o entendimento da criação e da evolução das religiões.

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