A primeira história escrita por Perrault era uma história para adulto, O capuz vermelho que acompanha a menina nas versões de Perrault e na dos Grimm, surge como símbolo da cor do sangue, da menstruação, cor da alma, da libido e do coração. O “Lobo Mau” na verdade é a figura de um homem. Só tempos depois os Irmãos Grimm alteraram seu conteúdo erótico e adaptaram às crianças numa época antes do século XVIII, ou seja, antes que a revolução burguesa modificasse o pensamento e o comportamento ocidental, e, portanto, modificasse a história bem mais próxima do que a conhecemos hoje.
E aqui vai a verdadeira, contada por camponeses ao redor do fogo em noites de inverno europeu: “Certo dia, a mãe de uma menina mandou que ela levasse um pouco de pão e de leite para sua avó. Quando a menina ia caminhando pela floresta, um lobo aproximou-se e perguntou-lhe onde ia: Para a casa da vovó – ela respondeu. Por que caminho você vai, o dos alfinetes ou o das agulhas? O das agulhas. Então o logo seguiu pelo caminho dos alfinetes e chegou primeiro à casa. Matou a avó, despejou eu sangue numa garrafa e cortou sua carne em fatias, colocando tudo numa travessa. Depois, vestiu sua roupa de dormir e ficou deitado na cama, a espera. Pam, pam !. Entre, querida. Olá vovó. Trouxe para a senhora um pouco de pão e leite. Sirva-se também de alguma coisa. Há carne e vinho na copa. A menina comeu o que lhe era oferecido e, enquanto o fazia, um gatinho disse: Menina perdida! Comer a carne e beber o sangue da sua avó! Depois o lobo disse: Tire a roupa e deite-se na cama comigo. Onde ponho o avental? Jogue no fogo. Você não vai mais precisar dele. Para cada peça de roupa – corpete, saia, anágua e meias – a menina fazia a mesma pergunta. E cada vez, o lobo respondia: Jogue no fogo. Você não vai precisar mais dela. Quando a menina se deitou na cama, disse: Ah, vovó! Como você é peluda! É para me manter mais aquecida, querida. Ah, vovó! Que ombros largos você tem! É para carregar melhor a lenha, querida! (...) Até que ela perguntou: Ah, vovó! Que dentes grandes você tem! É para comer melhor você, querida! E ele a devorou”.
~ Meu Deus, será que ela tinha gerofobia? Ou ela queria ser comida pela avó?
Chapeuzinho segue os conselhos do lobo e acaba por ser comida. E aqui acaba a história. Não há lenhador - não há avó - só um lobo gordo e uma Chapeuzinho morta . A moral desta história é não seguir conselhos de estranhos.
Chapeuzinho dá trela para o lobo, ela não sabe qual é o jogo, mas mostra um grande interesse
E é esta meus amigos a verdadeira história dessa garotinha que estava entrando na adolescência.
A moral dessa história é não seguir conselhos de estranhos
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