sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Crise hipoglicemica de minha mãe.


Levei hoje as 03h35min um enorme susto. Mãe me acordou dizendo estar passando mal, acendi a luz do quarto e vi mãe ensopada em suor, de tão grande quantidade que a cama estava molhada em suor no formato de seu corpo, ela estava pálida posso dizer com lábios roxos, pupilas dilatadas, corpo frio, mal sentia sua pulsação.
Tive medo de perder minha mãe de um modo o qual nunca senti antes. 
Levantei dei água a ela, liguei para a SAMU, e nada, a alimentei troquei as roupas dela e nada da SAMU. As 4:46 mãe descansou e eu me preparei para as raivas que este susto no começo do dia me reservaram.Fiquei na duvida mas enfim descobri mãe teve uma crise hiperglicêmica.

Oque é hipoglicemia? 

De repente dá aquela fome, confusão mental, tremores, suores, fraqueza, coração acelerado, sonolência... Quase toda pessoa com diabetes já sentiu isso. A hipoglicemia pode acontecer com os que usam insulina ou medicação oral.
Na maioria das vezes o próprio paciente identifica os sintomas e ingere algum alimento com açúcar. Em outras ocasiões, necessita-se de socorro. Surgem, então, perguntas muito comuns entre aqueles que convivem com alguém que tem diabetes. Como sei que alguém está com hipoglicemia? O que faço quando isto acontecer?
Por que acontece?
As hipoglicemias significam baixo nível de glicose no sangue (glicemia abaixo de 60 mg/dl). Geralmente são ocasionadas por falta de refeições nos horários corretos, por exercícios físicos excessivos, ou por doses elevadas de insulina e/ou medicamentos (hipoglicemiantes orais).
As melhores alternativas para evitar o surgimento de hipoglicemias são: respeitar os horários corretos das refeições, programar os exercícios físicos (horário e alimentação adequados), seguir as doses corretas de insulina e/ou comprimidos recomendados pelo médico.
Quais são os sintomas?
Os sintomas clássicos de hipoglicemia são suor em excesso, sonolência, fraqueza, coração acelerado (palpitações), tremores, visão dupla ou turva, fome súbita, confusão mental. O valor da glicemia a partir do qual esses sintomas aparecem costuma ser diferente de paciente para paciente, dependendo inclusive da freqüência dos episódios hipoglicêmicos.
Se os níveis de glicemia chegarem a valores muito baixos, acontece o coma hipoglicêmico. Nesta situação, os valores de glicose no sangue estão tão baixos que são insuficientes para o cérebro continuar funcionando adequadamente. Em geral, a pessoa fica semi-consciente (comporta-se como um embriagado) ou inconsciente.

Como tratar?
Paciente acordado, consciente: Oferecer um alimento assim que desconfiar que está hipoglicêmico (preferencialmente confirmado pela medição da glicemia na ponta do dedo).
Deve-se ingerir 15 g de carboidratos, como por exemplo:

  • 1 colher de sopa rasa de açúcar com água
  • 150 ml de refrigerante regular (não dietético) - 1 copo pequeno
  • 150 ml de suco de laranja - 1 copo pequeno
  • 3 balas de caramelo

Aguarde 15 minutos e verifique a glicemia novamente. Caso permaneça menor que 79 mg/dl, repetir o esquema.
Paciente semi-consciente ou inconsciente: Nestes casos, o paciente não consegue mais ingerir alimentos. Não se deve insistir que o paciente se alimente, sob o risco de que aspire o alimento para o pulmão. A melhor opção é injetar glucagon – hormônio que faz o
contrário do que a insulina faz, ou seja, aumenta a glicose no sangue. Sugere-se que a pessoa com diabetes (principalmente aquela que usa insulina) tenha sempre consigo uma ampola de glucagon para essas situações. A injeção é subcutânea, como a da insulina.
Outra opção é colocar um pouco de açúcar na mucosa das bochechas, na tentativa de que absorva alguma glicose e a pessoa acorde. Novamente lembramos a possibilidade do paciente aspirar. A administração intravenosa da glicose só deve ser realizada em ambiente hospitalar.

O que acontece se não for tratada a tempo?
Caso não corrigida rapidamente, a glicemia pode ficar cada vez mais baixa. Hipoglicemias severas podem levar a danos neurológicos.
Deve-se tomar cuidado com hipoglicemias durante a gestação. Quando elas acontecem, háá aumento nos hormônios contra-reguladores (que aumentam a glicose), além da ingestão de alimentos ricos em açúcar. Isto pode causar hiperglicemia, que pode trazer conseqüências para o feto e a mãe. Defeitos neurológicos podem ocorrer em fetos de mães que apresentam hipoglicemias severas muito freqüentes.
É importante tomar cuidado com pessoas com diabetes e insuficiência renal. Neles, a insulina passa mais tempo na circulação, antes de ser eliminada pelo rim. Isto aumenta o risco de hipoglicemia.

Dicas para evitar hipoglicemia
  • O consumo de um lanche antes de dormir (ceia) pode auxiliar na prevenção de hipoglicemia noturna. Os alimentos mais recomendados para este lanche devem conter carboidratos e proteínas (leite ou pão com queijo e presunto, por exemplo);
  • A monitorização nesse horário é extremamente importante. A glicemia deve ser ajustada sempre para que fique em torno de 100 m/dl;
  • Ficar atento à alimentação se fizer exercício físico (especialmente se não programado). É necessário medir sua glicemia para ver se é necessário o consumo de carboidratos extras;
  • Evitar o uso do álcool, principalmente em jejum.

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