quarta-feira, 12 de agosto de 2009

ERINE- Encontro Regional de Incubadoras do Nordeste.

O movimento nacional de criação de incubadoras de empresas, iniciado há dez anos, parece sólido. No País, elas já somam cerca de 420, que abrigam mais de seis mil empresas, gerando aproximadamente 30 mil postos de trabalho qualificado. Desde a última quarta-feira, mais de 280 representantes desse segmento nos noves Estados nordestinos e alguns Estados do Norte, Sudeste, Sul e Centro-Oeste estão reunidos em Maceió, no 3° Encontro Regional de Incubadoras de Empresas do Nordeste (3° Erine)

Até hoje, eles trocam experiências e enriquecem conhecimentos com palestras e debates sobre temas que envolvem o universo do empreendedorismo, como produção, gestão empresarial, inovação, exportação e aspectos legais, e conhecem sistemas de apoio, como as agências de fomento e as universidades.

Em Alagoas existem 12 incubadoras em atuação na capital e nos municípios de Arapiraca, Maragogi, Coruripe e Palmeira dos Índios, com mais de cem empresas agregadas.

Os números apresentados pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Ufal, Josealdo Tonholo, coordenador, em Alagoas, da Anprotec - associação nacional que congrega os interesses das incubadoras de empresas, parques tecnológicos e empreendimentos inovadores no Brasil - mostram uma tendência que começa a se proliferar em vários Estados do Brasil, inclusive em Alagoas.

"No Nordeste, esse movimento já é bem forte. Em Alagoas, está sendo solidificado, com apoio do Sebrae, Casa da Indústria e universidades, como o Cesmac e a Ufal. Dessas incubadoras, cinco são de base tecnológicas, e elas cumprem um papel de fomento ao surgimento de muitas empresas, envolvendo universitários, docentes e empresários", diz Tonholo. Ele observa, em relação às empresas que surgem nas universidades, que elas têm um diferencial, porque geralmente são constituídas como resultados de projetos de iniciação científica, e, geralmente, entram no mercado com produtos mais competitivos.

No embalo desse movimento, o professor João Nunes, da Universidade Federal de Alagoas, decidiu transformar seus 35 anos de experiência com cana-de-açúcar e seus derivados, numa empresa fabricante de cachaça envelhecida. Trabalha com alunos de graduação e pós-graduação da Ufal nas experiências que resultam nas fórmulas do produto, que espera lançar no mercado nos próximos meses, com a marca de Engenho Nunes. Inicialmente serão seis tipos de cachaça, cujo diferencial de sabor está na madeira utilizada no preparo: Jatobá, Carvalho, entre outras. A empresa já existe, o CNPJ já foi emitido, e a embalagem arrojada é um indicativo de que se trata de um produto diferenciado."Estamos dependendo apenas do selo do IPI [Inscrição de Propriedade Industrial] para comercializar. Em breve estaremos nos supermercados", anuncia o professor empresário.

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