segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Meditação

por: V.M. Raphael


A Meditação é o que dá consciência à essência. A Meditação é umas das práticas mais importantes após as práticas revolucionárias, pois despertará a consciência para a nossa própria realidade interior. Mas esse despertar será inútil se apenas praticarmos a Meditação ignorando as práticas revolucionárias que aqui colocamos. Na Meditação encontraremos alguns estágios de desenvolvimento consciente. O primeiro deles é referente ao estado inicial da Meditação, que tem como base a observação adentro de nós, o relaxamento e a concentração a um único ponto interior. Vemos aqui que todas as práticas sempre se voltam a um mesmo início, a um mesmo ponto inicial, tanto nas práticas revolucionárias quanto nas místicas.








A Prática de Meditação

Num local reservado iremos relaxar, o corpo como fazemos em todas as práticas já sugeridas. Iremos nos concentrar em nosso coração, imaginaremos como ele é em sua forma, as veias, a pulsação. Vamos entrando dentro do coração e lá vemos uma imensa escada que sobe até uma imensa porta, a porta de nosso templo- coração. Iremos então bater na porta toc, toc, toc... Veremos a porta se abrindo e lá dentro há um magnífico palácio onde num altar estão o Cristo, O Pai, e o Espírito Santo. Saudamos a todos com muito respeito e observamos que de um lado existe uma outra porta grande. Nos dirigimos até ela e abrimos.



Depois dessa porta há um caminho que se estende à uma floresta viva adentro, onde as flores falam e se mexem, vamos indo por um caminho sentindo o orvalho na relva nos tocando ao andarmos. Olhamos o caminho e ele se estende morro acima. Lá em cima vemos um trono dourado, vamos subindo o caminho que passa por uma floresta viva, com muitos pássaros cantando, nos dando as boas vindas e ao chegar perto deste trono dourado veremos nele uma Deusa de branco e dourado. Ela medita muito silenciosa. Chegamos cuidadosamente frente a este trono e nos ajoelhamos.  Passamos então a orar a Ela, dizendo:



“Oh! Deusa das Deusas! Oh! Mãe Sagrada, que sana as dores do filho no deserto!  Oh! Santíssima Virgem, que jamais nenhum mortal levantará teu véu! Oh! Poderosa Kakini de meus dias e noites, eu te suplico de todo meu coração, ajuda-me a realizar a Obra do Pai, sustenta-me no objetivo, não me deixando desviar nem um só passo! Poderosa Mãe, Rainha dos soldados aflitos, acuda-me na busca pelos segredos escondidos dentro de mim! Valei-me frente aos inimigos do Pai, sustenta tua espada contra qualquer elemento inumano dentro de mim. Defenda-me! Desperta-me! Oh! Mãe Rainha, para que eu possa servir apenas ao Senhor meu Rei! Amém”.

Após essas palavras, veremos a Mãe Levantando-se do trono, em sua destra uma espada de fogo, coloca-a em nossos ombros, nos batiza como cavaleiros do reino do templo coração. Firmamos ali a aliança de fidelidade a vontade do Pai, negando a nossa vontade sempre. Esta aliança jamais poderá ser firmada em vão, da boca para fora. Em todos os instantes iremos reforçar essa aliança buscando estar sempre alertas nos perigos que há de vir pelo caminho que leva ao Pai. Morrendo em todos os instantes nos impulsos que da mente surgirem, pois a mente são várias mentes e todas elas mentem. Tendem sempre a desviar todos do Caminho Estreito.


Depois levantamos dali, em hombridade, saudamos a Rainha e continuamos naquele caminho, onde vemos no céu um imenso arco-íris, que vai ao horizonte. Vamos indo caminho adentro, chegamos ao ponto mais alto da montanha e dizemos aos quatro ventos: “Qual a verdade de tudo isto?” Eu não sou este corpo físico, não sou este corpo vital, não sou este corpo astral, não sou este corpo mental, eu sou o Íntimo, Eu sou o Íntimo, Eu Sou o Íntimo, sim, sim, sim. Neste instante acabam-se as imagens e todos aqueles cenários, aguardamos o silêncio nos revelar algo, algo deverá ser anunciado pelo silêncio. Aguardamos sem nenhuma expectativa, nada, nada, nada.



Podemos alcançar o Samadi (êxtase em sânscrito) fazendo esta prática, pois o mundo causal é o mundo da essência, é o mundo onde a vida pulsa, pois é a causa de todas as coisas. Lá iremos encontrar o nosso próprio objetivo de vida. Uma vez alcançado o Samadi, nós não mais esqueceremos o caminho de casa... Nem a mais terrível das torturas que nos façam os homens maus deste mundo, jamais iremos nos deixar vender, pois fomos mais além da própria morte. Disso sabem todos os homens autênticos. Todos os Soldados do Cristo, todos os Sábios. Todos aqueles que foram ungidos pelo Senhor, sabem disto que foi escrito aqui.

trecho do livro AMOR MAIOR 1ª Edição - V.M. Raphael




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